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Dados, tendências e insights para ajudar a entender como o brasileiro usa a internet

Dar atenção às tendências do público consumidor é a melhor e mais inteligente forma de acompanhar as mudanças, planejar estratégias e ter i...

Por Francis Trauer - Dia 04 de Mar de 2020 às 00:03

Dar atenção às tendências do público consumidor é a melhor e mais inteligente forma de acompanhar as mudanças, planejar estratégias e ter insights para uma atuação competitiva — e não importa qual o ramo dos negócios.

Sabendo da potencialidade que essas informações têm, diversas empresas e profissionais buscam saber como está e como será o comportamento do público futuramente. 

Já pensou ter acesso ao perfil de usuários e usuárias das redes digitais, ter ideias e prever tendências? Por meio do relatório Digital 2020 Brazil, da Hootsuite, é possível. Confira os resultados!

Dados sobre o público brasileiro: quem acessa à internet?

Basta uma rápida olhada no relatório Digital 2020 para notar que as tecnologias digitais são parte da rotina de muitas pessoas, por todo o mundo. E no Brasil não é diferente. Enquanto 59% da população mundial já está conectada, no Brasil este número chega a 71% — equivalente a 150.4 milhões de pessoas.

Aliás, esse número cresceu 6% entre 2019 e 2020. O que representa 8,5 milhões a mais de pessoas navegando.

E se você ainda não apostou em sites ou portais adaptados ao mobile, este é um bom motivo para a mudança: a conexão está mais portátil do que nunca! 97% da população tem um celular — ou seja, 205.8 milhões de pessoas.

73% também têm um notebook, o que indica que não é hora de abandonar os layouts para desktop e migrar definitivamente para apps.

De onde e como a população acessa à internet? 

A população brasileira tem acessado à internet, cada vez mais, por meio de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets. Entre as pessoas de 16 e 64 anos, os equipamentos mais usados são: 

  • Qualquer tipo de celular: 96%;
  • Smartphone: 94%; 
  • Notebook ou computador: 73%; 
  • Tablet: 38%;
  • Smartwatch ou smartband: 11%.

O relatório ainda aponta que as pessoas passam em média 4h41 consumindo conteúdos — independente do tipo — de seus dispositivos móveis.

O que a população brasileira consome na internet?

Entre as diversas possibilidades de buscar informação e entretenimento na internet, a população brasileira entre 16 e 64 anos passa em média 9h17 conectada, seja no desktop ou no celular.

Em média, as pessoas passam: 

  • 3h31 usando redes sociais;
  • 3h51 vendo TV, séries ou outros programas;
  • 1h41 ouvindo música;
  • 1h14 jogando.

Entre os sites mais acessados estão o Google, o Youtube e o Facebook. Os conteúdos mais consumidos deixa evidente o porquê utilizar vídeos para marketing ou comunicação com o público:

  • 98% das pessoas acessam vídeos online;
  • 70% ouvem música em streamings;
  • 46% acessam web rádios;
  • 45% acessam vlogs;
  • 36% ouvem podcasts.

Redes sociais em números

A faixa etária que mais acessa as redes sociais fica entre 25 e 34 anos, em segundo lugar ficam os jovens entre 18 e 24 anos. No geral, as mulheres são a maioria.

Além disso, o Digital 2020 Brazil aponta que entre as pessoas que usam redes sociais: 

  • 100% das pessoas entre 18 e 64 usaram para conversar ou enviar mensagens; 
  • 84% participaram ativamente, publicando ou compartilhando conteúdos; 
  • 3h31 é o tempo médio investido nas redes sociais.

E as plataformas mais usadas são o Youtube, Facebook, Whatsapp e Instagram — as queridinhas atualmente. Mas outras têm recebido acessos e aumentado a presença online, como o TikTok, que é acessado por 14% das pessoas, mas tem um grande potencial de crescimento.

Porém, nem só de acessos pelo navegador são feitos os acessos ao meio online. Os aplicativos também estão presentes na rotina de acessos à internet:

  • 97% das pessoas têm aplicativos de redes sociais;
  • 96% usam aplicativos de chat ou messengers;
  • 72% usam aplicativos de compras;
  • 62% têm aplicativos de música;
  • 47% acessam a conta bancária por app;
  • 14% usam app de namoro.

Clientes estão na internet: dados sobre consumo 

Homem olhando para uma tela com vários gráficos e elementos que representam dados.

Uma das grandes mudanças causadas pela internet foi o processo de compras, seja para buscar informações sobre o produto ou serviço, encontrar o menor preço ou para efetivar a compra:

  • 89% das pessoas buscaram na internet informações relativas ao um produto ou serviço;
  • 90% acessaram uma loja online;
  • 70% efetivaram ao menos uma compra. 

Apesar da tendência de acessar à internet pelo celular, 50% das compras foram pelo desktop, enquanto 38% foram por dispositivos móveis.

E nessa categoria, os queridinhos de vendas são: 

  • Viagens e hospedagem: 28.84 bilhões; 
  • Roupas e moda: 5.25 bilhões;
  • Eletrônicos: 4.15 bilhões;
  • Brinquedos, hobbies e itens colecionáveis: 2.60 bilhões;
  • Alimentação: 1.30 bilhão;
  • Música: 226 milhões;
  • Jogos: 723 milhões.

Método de pagamento: ainda faltam opções

Apesar de a maioria das compras online ter sido com o cartão de crédito (71%), apenas 27% da população brasileira conta com esse serviço. 

Além disso, mesmo com a popularização das carteiras digitais, somente 4% das transações foram realizadas por esse método — depois do pagamento no crédito, o dinheiro é o preferido, sendo a escolha de 21% das pessoas.

Por isso, oferecer mais opções de pagamento pode ser a chave para vender mais.

Insights e tendências: como empresas podem investir 

Lâmpada acesa em cima do teclado de um notebook.

Mais do que apenas conhecer o público, é importante saber trabalhar estratégias adequadas para o comportamento dessa geração mais conectada e engajada. 

Algumas mudanças já não são novidade: ter sites e conteúdos compatíveis com dispositivos móveis (mobile first), ter carregamento rápido, ter uma comunicação clara e de credibilidade, e investir em conteúdo de qualidade é indispensável.

Mas algumas dicas para caminhar junto às mudanças tecnológicas apontadas pelo Digital 2020 Brazil e aproveitar melhor os dados são: 

  • Crie experiências múltiplas: pessoas valorizam a presença públicas das marcas e empresas, mas querem ser atendidas de modo igualmente eficaz em canais privados;
  • Aposte na multiplicidade: apesar do potencial absoluto das redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp, é preciso dar atenção para outras, como o TikTok, que têm um potencial de crescimento enorme;
  • Tenha um posicionamento e coerência: o público está, cada vez mais, interessado no posicionamento da empresa. Por isso, é preciso ter ações coerentes com os valores adotados. 
  • Vá além das vendas: cerca de metade do público consumidor considera muito importante as empresas terem posicionamentos mais humanos e com apelo social;
  • Tenha opções de pagamento: a carteira digital tende a crescer. Por isso, é hora de ir além do cartão de crédito.

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