Tecnologia

7 anúncios do Google I/O 2025 que vão transformar o marketing digital

O keynote de abertura do Google I/O 2025 foi, como sempre, uma vitrine tecnológica. Mas para quem trabalha com marketing digital, ele foi também ...

Por Gustavo Bonato Abrão - Dia 20 de May de 2025 às 18:05

O keynote de abertura do Google I/O 2025 foi, como sempre, uma vitrine tecnológica. Mas para quem trabalha com marketing digital, ele foi também um sinal de alerta e oportunidade. A seguir, reunimos os principais anúncios que podem impactar a forma como marcas se conectam com usuários, constroem experiências e distribuem conteúdo.

1. AI Mode no Google Search: o fim da busca tradicional

O Google anunciou que a aba "AI Mode" passa a ser liberada para todos os usuários dos Estados Unidos e, em breve, para o mundo todo. Trata-se de uma nova forma de buscar, mais conversacional e com raciocínio expandido. O sistema não só encontra links, mas resume, recomenda, compara, cria gráficos e até faz compras.

Para o marketing digital, isso significa uma mudança radical em SEO e comportamento de busca. As pessoas tenderão a clicar menos em links e esperar mais das respostas diretas. Estratégias de conteúdo precisarão ser ainda mais contextualizadas, úteis e pensadas para serem lidas por uma IA intermediária antes de chegar ao usuário final.

2. Deep Search e Personal Context: conteúdo personalizado por padrão

Combinando o novo recurso Deep Search (pesquisa profunda) com o Personal Context (contexto pessoal), o Google passa a construir respostas levando em conta e-mails, reservas, preferências e comportamentos anteriores do usuário. Tudo, claro, com autorização e privacidade configuráveis.

Na prática, o conteúdo deixará de ser genérico. Um resultado de busca poderá variar completamente de uma pessoa para outra. Isso exige que as marcas adotem estratégias de personalização e diversificação de jornada com mais inteligência de dados e segmentação em tempo real.

3. Gemini no Chrome: seu site precisa de contexto

O Gemini, assistente com IA do Google, agora entende o conteúdo das páginas que você está navegando no Chrome e responde diretamente sobre elas. O usuário não precisa copiar, colar ou explicar.

Isso coloca ainda mais pressão sobre a qualidade e conteúdo das páginas. Estrutura clara, copy direta, dados acessíveis e responsividade serão essenciais para que a IA do navegador consiga agir como um mediador eficaz entre o conteúdo da marca e o público.

4. Search Live: o usuário vai apontar a câmera e esperar respostas

Uma das novidades mais promissoras é o Search Live, que permite compartilhar a câmera em tempo real com a busca. O usuário pode apontar o celular para um produto, embalagem, ambiente ou peça de roupa e conversar com a IA sobre aquilo.

Para o marketing digital, isso abre um novo campo visual: tudo precisa ser identificável, legível e interpretável por IA. Ou seja, imagens, rótulos e layouts precisarão "conversar" com algoritmos de visão computacional. QR Codes, textos legíveis e informações em destaque visual passam a ser ainda mais importantes.

5. Projeção e compras com IA: da pesquisa ao checkout com um comando

O Google mostrou como a IA no Search consegue sugerir roupas, simular visualizações no corpo do usuário e finalizar compras com um clique, tudo dentro da própria busca. Isso inclui recursos de try-on virtual e checkout automatizado.

Marcas de moda, cosméticos e decoração precisarão pensar em APIs, catálogos estruturados e integração com plataformas de pagamento dentro do ecossistema do Google. A experiência de compra sai da loja e do site para acontecer dentro da interface do buscador.

6. Gemini nos óculos: contexto e voz como interfaces principais

O Project Aura, parceria entre Google e Xreal, apresentou os novos óculos com Android XR. Eles têm câmera, microfone, projeção na lente e suporte total ao Gemini. O assistente pode traduzir conversas, localizar objetos, lembrar de tarefas e projetar interfaces com base no ambiente ao redor. Dá até pra usar GPS com projeção na lente do óculos, o que é muito legal.

Esses óculos, somados ao Gemini Live (modo de conversa com câmera e tela compartilhadas no celular), apontam para um futuro em que as marcas precisarão produzir conteúdo "pronto para ser falado e visto". O design de experiência de voz e visão vai sair do campo experimental e entrar no plano tático.

7. Novas ferramentas de criação: Imagen 4, Veo 3 e Flow

O Google apresentou as atualizações dos seus modelos generativos de imagem e vídeo. O Imagen 4 agora consegue escrever textos e tipografias com mais precisão. Já o Veo 3 gera vídeos com som nativo, incluindo efeitos e falas sincronizadas com personagens. Por fim, o Flow unifica todos esses recursos em um ambiente de storytelling com edição visual, prompts e continuidade de cena.

No âmbito do marketing digital, isso significa que a produção audiovisual entra numa nova fase. Criação de campanhas, conteúdos sociais, anúncios e experiências visuais vai ganhar mais velocidade, mais possibilidades e menos dependência de equipes gigantescas.

Tudo tem seu preço: quanto custa estar na frente?

O plano AI Ultra foi apresentado como a assinatura mais completa do Google, com acesso antecipado a todos os recursos. Ele custa US$ 249,99 por mês — cerca de R$ 1.285,00 na cotação do dia, sem impostos. Já o AI Pro, mais acessível, inclui funcionalidades avançadas com limites maiores, mas ainda não tem valor exato em reais.

Para marcas e creators, pode valer a pena aderir à assinatura junto da agência para testar protótipos e liderar em inovação de uso, principalmente em experiências de conteúdo, e-commerce e suporte automatizado, ganhando muita produtividade.

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