Marketing

Marketing inclusivo: 3 mudanças de mentalidade que a sua marca pode fazer

Pensar em marketing inclusivo é trazer à sociedade uma mudança de paradigma e atender o propósito social pelo qual essa área também existe. S...

Por Francis Trauer - Dia 26 de May de 2020 às 00:05

Pensar em marketing inclusivo é trazer à sociedade uma mudança de paradigma e atender o propósito social pelo qual essa área também existe. Sabe a máxima “representatividade importa?” pois é!

O marketing passou por muitas fases e continua evoluindo. Incluir a diversidade nos conteúdos e ações é uma forma de sair da caixa e gerar algo de valor às pessoas.

Do marketing com foco em venda e propaganda massiva ao marketing 3.0 (cujo foco é o ser humano e não apenas o consumidor), considerar temas sociais não é só uma tendência do marketing inclusivo como uma demanda de consumo, percepção e compartilhamento de informação relevante.

Kotler já dizia que o “marketing é um processo social”. Ou seja, além de atender desejos de consumo e venda, essa frase nos permite entender essa área de forma mais ampla. Há várias expertises envolvidas neste nicho e o relacionamento com os consumidores é algo que exige muita sensibilidade, empatia e cuidado.

Neste sentido, o marketing inclusivo chega para transformar a mentalidade das empresas e ajudá-las a se posicionar a partir de outra perspectiva. É muito importante destacar que o posicionamento não se limita a um trabalho de branding, já que as ações da marca precisam refletir a realidade.

Quer saber mais sobre o marketing inclusivo? Entenda mais sobre esse conceito e veja as mudanças de mentalidade que a sua marca pode fazer!

O que é marketing inclusivo?

Marketing inclusivo é entender o que o seu cliente valoriza, reconhecendo os valores que a sua marca pode gerar para o público em campanhas, conteúdo relevante, ações sociais e posicionamento responsável.

Muito além do discurso que na linguagem da internet tem como finalidade “lacrar”, ou seja, forçar uma imagem positiva e socialmente responsável o tempo todo, sem necessariamente executar ações práticas, o marketing inclusivo é uma demanda dessa nova era que chegou.

Consumidores não são só o centro da sua estratégia. Eles possuem sentimentos, necessidades, urgências, podem repelir ações ou se engajar em causas. São pessoas que precisam ser ouvidas e representadas.

Um estudo da Microsoft Corporation, contextualizado em um artigo assinado pelo Head Global de assuntos multiculturais, marketing inclusivo e propaganda da empresa, MJ DePalma revela que 63% das pessoas acreditam que as marcas que trazem diversidade para os anúncios são mais confiáveis

Como fazer marketing inclusivo?

Ns palavras de DePalma “O  mais importante do marketing inclusivo é a manifestação de uma conexão mais autêntica”. E conexão é feita de pessoas, concorda? Para se conectar com elas, abordando temas necessários como racismo, diversidade de corpos, múltiplas vivências e experiências, é preciso mudar a mentalidade.

Para te ajudar com isso, a equipe da NerdWeb selecionou algumas dicas da Microsoft atreladas às percepções e conceitos atuais. Você vai entender mais sobre nos tópicos seguintes!

1. Marketing inclusivo existe com inclusão real

Falar de marketing inclusivo sem realmente incluir as pessoas pode ser uma ação que deturpa o sentido do conceito. Incluir o seu público não é apenas saber onde ele nasceu, como cresceu, qual é o gênero com o qual ele se identifica e sua etnia.

É mais do que isso. São fatores ligados a essa ideia:

  • Garantir que todos tenham acesso aos produtos e serviços da sua marca;
  • Oferecer uma experiência inclusiva, considerando as particularidades de cada pessoa;
  • Prezar pela acessibilidade;
  • Entender o contexto do seu cliente.

Percebe que não basta fazer uma campanha emocionante usando recursos de storytelling ou vídeo para gerar proximidade? São as ações do cotidiano que movem o marketing e, principalmente a ética dos profissionais que escolhem esse caminho.

A Melissa é um exemplo de posicionamento consciente na produção de calçados sustentáveis. 

A Grendene, empresa que gerencia a marca, tem uma Política de Desenvolvimento Sustentável que segue os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e fortalece essa posição por ações reais com o incentivo à educação, matéria-prima reciclável e valorização das pessoas que estão na linha de frente da produção, incluindo-as como parte de tudo isso.

2. Mais do que preço, é preciso pensar em produtos de impacto

Não há como pensar em marketing inclusivo sem ações reais. Vender algo que a sua marca não é ou não faz,pode jogar todo o trabalho no ralo e ainda manchar a reputação da sua empresa.

O consumo de qualquer produto hoje é um ato político. As pessoas fazem escolhas com base em seus valores. Você lembra de alguma marca que foi boicotada por desrespeitar algum valor? 

Em 2018, a Dolce & Gabana sofreu boicote após veicular uma propaganda racista na China. A marca pediu desculpas, mas mesmo assim a situação ficou complicada.  No vídeo, uma mulher chinesa e italiana foram comparadas pela sua forma de comer e isso não foi legal.

A marca até disse na época que a conta havia sido hackeada. Porém, muitas pessoas ficaram com a pulga atrás da orelha.

Voltando à demanda do marketing inclusivo em pensar em produtos de impacto, destacamos algumas dicas que podem te ajudar nessa missão:

  • Reflita sobre as demandas socioambientais;
  • Imagine como seu produto pode ajudar as pessoas e o planeta;
  • Estude as necessidades de consumo;
  • Busque alternativas para atender os diversos públicos e tornar seu produto inclusivo.

Há outro trecho do artigo da Microsoft que é bem assertivo e pode ajudar na reflexão. Dois terços do cacau são originados na África Ocidental, que é um local onde há mais de dois  milhões de crianças envolvidas em trabalho infantil nas regiões que produzem o cacau. O dado é do Departamento de Trabalho dos EUA.

Neste contexto, como criar alternativas? Se as pessoas sabem de tudo isso, é provável que elas vão repelir as marcas que nada fazem para combater práticas que são erradas. Por isso, pensar no produto e em toda a sua cadeia de produção de forma inclusiva é a base para fazer qualquer ação que seja no marketing inclusivo.

3. Sim às experiências justas, não para a conformidade

Pensar no marketing inclusivo exige algo que vai muito além das habilidades técnicas. As pessoas em suas singularidades, possuem experiências de vidas muito diferentes. Nem todos estão no mesmo barco.

Quando sua marca pensa em uma ação de inclusão digital, é direcionada a um público que tem acesso à internet, correto? Portanto, não basta oferecer o mínimo. É preciso entender e contextualizar as experiências.

Da escolha de uma embalagem de determinado produto à oferta de um serviço, as pessoas esperam honestidade. Elas não estão comprando apenas o produto em si, mas sim uma experiência justa e isso pode ser um motivo para que a sua marca seja impactada positivamente ou não.

A inclusão não deve ser feita da boca para fora.

Let’s go marketing inclusivo

Desconstruir a mentalidade de uma marca não é uma tarefa feita da noite para o dia. Exige reflexão, posicionamento, honestidade, percepção. É tudo que constrói o branding da sua marca para além dos materiais de comunicação. É o que ela é, em essência.

Você pode começar hoje. Ao adotar ações práticas como as abordadas neste texto ou simplesmente refletir sobre o que NÃO fazer no marketing inclusivo já é um start.

Vamos juntos? Comece fazendo uma análise do que sua marca não faz e como poderia fazer.

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