Mercado de tablets segue desacelerando e encolhendo no mundo todo

O mercado de tablets segue encolhendo no mundo todo pelo décimo trimestre seguindo. O primeiro trimestre de 2017, inclusive, mostra uma queda de 8,5% em relação ao ano anterior: 36,2 milhões de unidades foram enviadas no mundo todo em comparação a 39,6 milhões do ano anterior.

Os dados são da empresa de pesquisa IDC, que demonstra o declínio da categoria de eletrônicos desde 2014. Apple e Samsung permanecem na primeira e segunda posições, respectivamente. Além disso, as cinco principais marcas respondem por 60,2% do mercado todo.

Desaceleração mundial

A líder Apple viu desacelerar em 13% o número de envios de iPads, além de perder 1,3% de mercado. O fato mais marcante, contudo, é que a empresa viu o número de unidades enviadas voltar ao patamar do primeiro ano do iPad. E quem ganhou os 1,3% do mercado da Apple? A Samsung.

Ryan Reith, da IDC, pontuou o seguinte:

“Tanto quanto a maioria está ciente, o mercado de tablet foi criado em 2010 com o lançamento do iPad original, apesar de tentativas anteriores por outras fabricantes terem sido mal sucedidas.

A taxa na qual o mercado de tablets cresceu de 2010 para 2013 foi diferente de outros mercados de dispositivos orientados ao consumidor que vimos antes. No entanto, parece que muitos motivos recentemente levaram os consumidores a ficar menos ansiosos ou predispostos a atualizar esses dispositivos ou, em alguns caso, até mesmo comprá-los.

Continuamos a acreditar que o principal fator para isso é a crescente dependência dos smartphones, juntamente com uma progressão mais lenta de tecnologia e fator de forma.”

Por que ninguém mais liga tanto para os tablets?

Apesar de Ryan Reith ter deixado explícito que os smartphones estejam contribuindo para esta desaceleração, é possível refletir sobre o momento atual do mercado tecnológico e especular algumas hipóteses para os tablets passarem a ser patinhos feios.

Primeiro de tudo, não há como negar o grande aumento de tela dos smartphones nos últimos anos. Essa tendência só cresceu e até mesmo em 2017 estamos vendo as empresas reduzindo bordas para aumentar os display mesmo sem aumentar o tamanho físico dos aparelhos. Além disso, o poder computacional e os avanços em bateria fizeram com que os smartphones intermediários alcançassem uma qualidade satisfatória.

Segundo motivo: os saltos tecnológicos dos tablets são pouco visíveis em cada geração e o consumidor não se sente tentado a trocar de aparelho todos os anos, uma vez que a durabilidade e alto desempenho aguentam as atualizações por muito tempo, principalmente nos dispositivos mais vendidos como o iPad.

Por último, temos ainda o fato de que os tablets, apesar de terem evoluído, ainda serem dispositivos de consumo e pouco eficientes quando falamos em produtividade. Mesmo com a adição de teclados, suporte a reproduzir mais de um app simultaneamente e a chegada de suítes como Office não encantam as pessoas, que seguem adquirindo notebooks 2 em 1 com funcionalidades touchscreen.

No Brasi,l ainda podemos considerar um agravante: essa categoria tinha a promessa de se beneficiar da Lei do Bem, porém seus produtos permaneceram caríssimos e no mesmo patamar de muitos laptops, o que fez muitos consumidores optarem pela segunda categoria.

Devo parar de investir em tablets?

Em linhas gerais, o que você precisa na maioria das vezes é de um site com layout responsivo para se adequar às grandes resoluções de tablets. Contudo, desenvolver um app único para tablets hoje é um luxo que apenas grandes empresas com objetivos muito específicos podem se dar.

Digamos que o mercado de tablets está em “banho maria”. Ele não vai deixar de existir, mas a sua explosão de crescimento ficou para trás e, por enquanto, não há grandes sinais de recuperação no curto prazo.

O seu site já é responsivo? Não? Chega de fazer seu usuário sofrer! Venha falar com a Nerdweb e orçar um site que se adeque aos diferentes tamanhos e resoluções de tela!

Fonte: IDC