Como o uso de assistentes virtuais influencia nas estratégias de marketing digital

Siri, Alexa, Bixby, Cortana... Nomes como esses vêm sendo integrados a cada dia que passa com maior frequência no vocabulário dos usuários. 

As assistentes virtuais inteligentes estão entre as principais tendências de software da indústria tecnológica e podem impactar de forma significativa no marketing da sua empresa. Você já parou para pensar que no futuro as buscas serão feitas por voz e não apenas via entrada de texto?

Recursos como esses já são uma realidade em diversos sistemas operacionais: Android, iOS e Windows têm as suas versões. Porém, eles estão saindo dos PCs e dos smartphones para ganhar a residência dos usuários. Sua empresa está preparada para impactar os clientes dessa maneira?

O que são as assistentes virtuais?

As assistentes virtuais são os recursos inteligentes que permitem que o usuário se comunique com seus dispositivos por meio de comandos de voz. Nos produtos da Apple temos a Siri; no Android temos o Ok Google; nos itens da Amazon temos a Alexa; nos smartphones da Samsung temos a Bixby; e nos produtos da Microsoft, a Cortana.

Esses recursos podem ser utilizados para uma série de finalidades. O usuário pode fazer anotações na agenda, abrir aplicativos, solicitar ligações ou criar alarmes. Os sistemas funcionam como uma espécie de secretária virtual, facilitando a vida do usuário ao permitir que ele faça ações sem usar as mãos.

No entanto, muitos usuários ainda conhecem essas iniciativas dos seus smartphones ou PCs. Com a chegada das casas inteligentes, esses dispositivos agora podem ser espalhados pela casa, servindo como um ponto de comunicação entre o usuário e a internet para qualquer finalidade.

Os produtos Amazon Echo Dot, Google Home Mini e Apple Homepod são os líderes dessa revolução, que promete transformar a forma como os usuários fazem buscas na internet. E se a partir de agora todos começassem a pesquisar nos buscadores somente por comandos de voz, a sua empresa ainda seria encontrada nas buscas?

Como funciona uma assistente virtual inteligente?

Integrada a um sistema operacional, uma assistente virtual inteligente funciona como uma espécie de campo de buscas para o usuário que deseja tirar dúvidas ou executar um determinado comando. Elas se utilizam de recursos de inteligência artificial (IA) para reconhecer a voz de um usuário em específico e também para fornecer resultados contextualizados às perguntas.

Basta pegar o seu smartphone para testar como esse recurso funciona. Experimente dizer “Ok, Google” ou “Hey Siri” e fazer uma pergunta na sequência. A resposta virá em forma de áudio ou, no caso dos smartphones, com uma lista de resultados na tela.

Com as residências inteligentes, houve um aprimoramento nesses sistemas para que os resultados fossem apresentados para o usuário em áudio – e de forma eficiente. Vamos a um exemplo prático para que você possa compreender melhor como isso funciona.

Suponha que você quer jantar comida japonesa. Você pode dizer ao Google: “Quais são os melhores restaurantes de comida japonesa para jantar hoje?” O sistema operacional identificará a sua localização e sugerirá estabelecimentos que estejam próximos a você.

E não apenas isso: enquanto ele lista as opções existentes, a qualquer momento, você pode solicitar: “faça uma reserva para às 20h no Restaurante X”. Com dois simples comandos o usuário fez uma pesquisa no Google, obteve os resultados e ainda interagiu com o estabelecimento. Parece algo saído da ficção científica, não é mesmo?

Como o uso das assistentes virtuais inteligentes influencia na estratégia de marketing digital?

Se para os usuários que buscam informações a forma de interação se torna mais simples, para aqueles que desejam ser encontrados há trabalho a ser feito. A ampla maioria dos sites e serviços hoje ainda não está apta para ser responsiva em ambientes em que predominem os assistentes virtuais.

Assim como foi preciso adaptar sites para que exibissem uma interface mais amigável nos smartphones, o mesmo precisará ser feito para que eles possam se destacar em meio às buscas via assistentes virtuais. Em outras palavras, é preciso repensar o marketing digital quando se trata desse tema.

O uso de chatbots, por exemplo, pode ser considerado um dos aspectos dessa evolução. O que o usuário busca é facilidade. Para que ele possa solicitar uma lista com os restaurantes “perto de mim”, isso implica que o seu estabelecimento está com o endereço devidamente acessível para os buscadores – o que incluiu CEP e as coordenadas geográficas no Google Maps.

Da mesma forma, uma vez que ele escolha o seu estabelecimento via comando de voz, qual será a resposta que ele obterá ao solicitar uma reserva? Uma mensagem de texto chegará à sua central? Um telefone será realizado? Ou uma reserva será marcada automaticamente via algum sistema específico? As opções são inúmeras, mas em geral entre as empresas brasileiras aquelas que têm alguma alternativa como essas são minoria.

Será preciso investir em dados estruturados para conseguir se destacar em meio às opções existentes nessa nova forma de fazer buscas. Da mesma forma, impactar os usuários em um cenário em que as respostas não são visuais também irá requerer uma boa dose de criatividade por parte dos especialistas.

Dados compilados pelo Go-Gulf indicam que até 2021 cerca de 1,8 bilhão de pessoas estarão, de alguma forma, utilizando serviços de assistentes virtuais. Trata-se de um mercado que movimentou US$ 3 bilhões em 2017 e que deve quintuplicar até 2021, chegando aos US$ 15,7 bilhões.

O mesmo site aponta ainda que 54% dos usuários concordam que as assistentes virtuais tornam suas vidas mais fáceis enquanto já chega a 31% o número de pessoas que diz que esses serviços já são parte de suas vidas. Dar play e pesquisar músicas, perguntar a previsão do tempo e fazer pesquisas na internet são as utilidades mais citadas.

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