Quais são os maiores medos dos CEOs em 2017?

Uma pesquisa conduzida entre setembro e outubro de 2016 pelo grupo sem fins lucrativos The Conference Board questionou 555 CEOs de 30 países diferentes quais eram seus maiores temores para o ano de 2017. A pesquisa foi feita antes da eleição de Donald Trump e, à época, o mercado doméstico americano estava em franco crescimento e bastante otimista após o referendo que fez o Reino Unido sair da União Europeia (BREXIT).

Embora cibercrimes e terrorismo ainda estejam tirando o sono de muitos dos CEOs das grandes companhias, o item mais mencionado foi o medo de uma recessão econômica, seguido de desenvolver uma nova geração de líderes, cibercrimes e a possibilidade de não conseguir atrair e reter os melhores talentos.

Com isso, temos o ranking do medo:

1. Grande recessão econômica 
   
2. Desenvolver uma nova geração de líderes 
   
3. Cibercrimes 
   
4. Atrair e reter os melhores talentos 
   
5. Benefícios de saúde para os funcionários 
   

O diretor-executivo do The Conference Board, Chuck Mitchell, afirmou que “os mercados emergentes ainda estão crescendo mais rápido que os maduros, mas essa taxa de crescimento desacelerou consideravelmente e isso é preocupante. Por isso, a recessão é um alto risco”. Aliás, recessão econômica foi uma opção introduzida pela primeira vez na pesquisa e foi observado que CEOs asiáticos estão muito mais preocupados com a desaceleração chinesa do que os estadunidenses.

Escassez de habilidades

Encontrar pessoas ideais para cargos muito qualificados tem sido uma das dificuldades encontradas pela grande maioria dos CEOs, seja em países desenvolvidos como subdesenvolvidos. Para se manterem competitivos, muitos deles responderam que estão tentando criar culturas de trabalho mais inclusivas para tirar o máximo proveito dos funcionários e fazê-los se sentirem mais valorizados.

"Encontrar pessoas com habilidades para a era digital ainda é uma realidade"

Eles também alegam que estão criando programas de desenvolvimento para capacitar seus empregados para terem melhores habilidades com a transformação digital que estamos vivenciando. 

Contudo, a pesquisa alerta que os CEOs deviam tomar cuidado ao levar tabus sobre a geração de millennials tão seriamente, como diz Mitchell: “Há muitos mitos em torno do estereótipo dos millennials, mas grande parte da pesquisa indicou que é mais sobre o estilo de vida e que as diferenças não são tão profundas assim como a maioria pensa”.

Por outro lado, ele reitera que a dificuldade na era digital é uma realidade, pois encontrar pessoas com as habilidades certas para liderar iniciativas online exige tomar decisões muito mais rápido e baseadas em informações que muitas vezes não são precisas.

Medo de terrorismo cresce nos EUA e Europa

Cerca de 28 bicho-papões diferentes foram vistos na pesquisa de medo dos CEOs, incluindo inflação, volatilidade da moeda, problemas sociais, mudanças climáticas, conflitos internacionais e violência. Porém, o terrorismo foi concentrado muito mais forte na América do Norte e Europa.

“Todo mundo se sente vulnerável. Está ocorrendo realmente em todas as regiões agora”, explica Mitchell, mostrando que o terrorismo saltou da décima sétima posição para a nona de 2016 para 2017. Os recentes ataques em Berlim, Paris e Bruxelas contribuíram muito para o aumento desta resposta.

A pesquisa sobre medos e desafios dos CEOs do The Conference Board é realizada todos os anos desde 1999 e pode ser acessado mediante adesão em seu site oficial.

Fonte: The Conference Board