Adidas revela sua primeira linha de tênis produzido em massa por impressoras 3D
Não é de hoje que a Adidas está comprometida a trabalhar com fábricas operadas por robôs e com a fabricação de tênis com impressoras 3D. Ma...
Não é de hoje que a Adidas está comprometida a trabalhar com fábricas operadas por robôs e com a fabricação de tênis com impressoras 3D. Mas o anúncio realizado nesta sexta (07) mostra os avanços da empresa nesta visão. Ela acaba de oficializar o Futurecraft 4D, sua criação mais ambiciosa.
Este tênis com sola média foi criado por um processo conhecido como Produção de Interface Líquida Contínua, ou seja, criado a partir de uma resina polimérica líquida que é fixada na forma desejada quando se usa luz ultravioleta. Ele é incrivelmente resistente e flexível.
Este método de impressão 3D foi criado pela empresa de tecnologia Carbon, uma startup do Vale do Silício cujo método de fabricação com impressoras 3D alcançou a escalabilidade. A startup tem dinheiro da General Electric e Google e promete que qualquer empresa coloque produtos em grande escala no mercado rapidamente.
Revolução
Apesar do otimismo com a novidade seja grande, a Adidas pretende vender apenas 5 mil pares da linha Futurecraft 4D em 2017, validando o novo tênis no mercado antes de expandir a produção para 100 mil pares até o fim de 2018.
“Este é um marco não só para nós como empresa, mas também para toda a indústria” — falou o chefe de engenharia da Adidas, Gerd Manz, à Reuters
Segundo o executivo, uma das vantagens de utilizar a impressão 3D na produção de tênis é na criação de modelos menores, mais fáceis de se adaptar para corridas e eventos particulares. Além disso, é possível adequar cada tênis a forma única de um pé, muito embora uma personalização neste nível ainda seja extremamente cara e demore alguns anos para virar realidade.
A Adidas e a Carbon não informaram ainda os valores de um par de tênis Futurecraft 4D, mas posicionam o produto como Premium, portanto espere valores astronômicos na primeira leva.
De toda forma, não deixa de ser curioso e interessante como novas aplicações vindas da tecnologia vão moldar o futuro dos produtos vestíveis na humanidade. Designers e estilistas vão ganhar ainda mais responsabilidades nas próximas décadas.
Fonte: Reuters
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